O objetivo geral deste estudo foi avaliar a reação dos stakeholders governo e acionistas em relação ao acidente de vazamento de petróleo no Golfo do México, ocorrido em abril de 2010, após a explosão da sonda petrolífera Deepwater Horizon, operada pela BP. A intenção era verificar como riscos ambientais de operações mal sucedidas, como no caso do vazamento de petróleo, podem onerar as empresas, tanto em termos financeiros, como de desvalorizações de ações. O método escolhido foi o de um estudo de caso único, utilizando-se tanto uma análise qualitativa, como quantitativa. A análise de dados quantitativos foi feita através da utilização de modelos de Regressão Linear Múltipla. O estudo evidenciou que tanto as medidas estipuladas pelo governo, como o comportamento dos acionistas em relação ao vazamento, causaram impactos negativos para os resultados da empresa. A multa e outros custos decorrentes do acidente reduziram o lucro da BP, em 45%, em média, de 2010 a 2012. A BP chegou a perder 55% de seu valor de mercado em relação a seu valor na data do acidente. A análise estatística concluiu que a recuperação total do preço das ações da BP se daria em torno de 7 anos após o ocorrido.
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