Este trabalho apresenta um modelo de avaliação para projetos de distribuidoras de energia elétrica brasileiras em comunidades de baixa renda, considerando fatores financeiros e não- financeiros. Utilizando o estudo realizado por Epstein e Roy (2001), indicadores utilizados para monitorar ações e iniciativas foram associados a diversos stakeholders. Além dos indicadores encontrados nos relatórios das distribuidoras, outros foram desenvolvidos com base no modelo de Delai e Takahashi (2008). Indicadores associados aos acionistas e investidores foram utilizados para construir um modelo de avaliação financeira pelo método de fluxo de caixa descontado. Por fim, o modelo e os indicadores propostos foram testados na avaliação de projetos nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia, na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados mostraram que é possível chegar a indicadores financeiros e não-financeiros por meio de informações primárias e secundárias e, com isso, avaliar a atratividade dos projetos e monitorar os interesses dos diversos stakeholders, bem como sua importância para o equilíbrio financeiro dos projetos. No entanto, observou-se que a qualidade das informações e o nível de associação dos indicadores com o desempenho financeiro ainda é incipiente, constituindo um desafio para o controle gerencial das empresas e o desenvolvimento de modelos de negócios mais consistentes.
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