Resumo: A abordagem da Licença Social para Operar (LSO) emerge como elemento importante nos debates acadêmicos e nas práticas empresariais relacionadas às indústrias extrativistas. Verifica-se que em atividades produtivas com grande potencial de gerar impactos econômicos e socioambientais, as abordagens convencionais baseadas na conformidade legal já não suficientes para legitimar a ação das empresas. Estudos destacam a necessidade das atividades de mineração receberem uma LSO “emitida” pela sociedade, incluindo governo, organizações não governamentais, mídia e comunidades. No entanto, as comunidades locais emergem como principais atores nos arranjos de governança, em virtude de sua proximidade com as áreas extrativas e capacidade de afetar os resultados da empresa. Adotando como foco o relacionamento da empresa com a comunidade, o objetivo deste estudo foi compreender como um projeto social realizado por uma das maiores mineradoras do Brasil contribuiu para o processo de LSO. Como procedimento metodológico foi adotada uma abordagem qualitativa, descritiva, exploratória e entrevista com as comunidades localizadas nas áreas rurais de influência direta da empresa. Os resultados evidenciam que a estratégia adotada pela empresa contribuiu para o processo de LSO, por outro lado é necessário considerar os demais stakeholders da empresa, assim como o desafio para manter a legitimação local conquistada. Palavras-chave: Mineração, licença social para operar (LSO), impacto social, responsabilidade social corporativa, stakeholders.
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