As discussões sobre sustentabilidade passaram, recentemente, a focar os padrões de consumo da sociedade contemporânea como um dos principais fatores causadores dos problemas socioambientais. Desse modo, o objetivo deste artigo é discutir algumas possibilidades que as empresas têm de influenciar as modificações nesses padrões de consumo em busca da sustentabilidade a partir da proposta de Ravasi e Rindova (2008) que consideram as empresas como produtores de cultura. Para tanto, realizou-se um ensaio teórico. Os resultados apontam que as empresas podem influenciar a formação de culturas específicas com a construção simbólica de práticas sustentáveis, contribuindo para a formação de uma cultura de consumo sustentável. Isto ocorre a partir da inovação em suas formas de atuação, considerando que os significados que os produtos evocam parecem ser influenciados pelas escolhas estratégicas dos produtores, tais como os conceitos e filosofias do design (RAVASI; RINDOVA, 2008), o que inclui o desenvolvimento de novas tecnologias e práticas (MICHAELIS, 2003) com base em princípios de ecoeficiência (BARBER, 2008; CLARK, 2008), bem como as mudanças nos valores e discursos que moldam as culturas dos negócios, governos, mídia e sociedade civil (MICHAELIS, 2003), alinhadas também aos princípios éticos e de responsabilidade socioambiental compartilhada (TUKKER et al, 2008).
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