O mercado de peles, especialmente o de chinchilas, desempenha um papel muito importante no comércio internacional. A chinchila é um pequeno roedor proveniente da Cordilheira dos Andes, região compreendida pelos países do Chile, Peru, Bolívia e Argentina, estando quase extinta em seu ambiente natural, o Brasil tem se intensificado a sua criação, sendo de fácil manejo, resistente e de boa rentabilidade. A pele da chinchila é uma das mais cobiçadas no mercado internacional. Apesar do mercado de peles de chinchilas ser altamente lucrativo, segundo Perez (s.d), presidente da Associação Brasileira de Criadores de Chinchila Lanígera (ACHILA), o Brasil produz apenas 50.000 peles de chinchila anuais, e a produção mundial é de apenas 250.000 peles anuais. O objetivo desta pesquisa é conhecer a realidade desses criadores desde a compra dos primeiros animais e seus devidos cuidados, até o momento da comercialização das peles. Através de cinco estudos de caso realizados com criadores de chinchilas do Rio Grande do Sul, constatou-se que nenhum criador possui relação contratual direta com o comprador do produto final, prevalecendo a estrutura de governança de compra no mercado. Dentre os maiores problemas enfrentados pelos criadores estão o longo período de tempo que é necessário para que haja retorno financeiro, a influência direta de desequilíbrios internacionais sobre o preço das peles de chinchilas e a ausência de equipamentos padronizados e automatizados para os criatórios. Apesar disso, as perspectivas futuras para este mercado são positivas.
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