Este estudo tem por objetivo compreender como clientes do setor bancário geralmente formam suas percepções acerca da Responsabilidade Social Corporativa (RSC). Destaca-se que o setor bancário, por seu poder econômico, sua capilaridade, tecnologia operacional e de gestão, pode ser forte indutor na disseminação da prática eficaz da RSC. Nessa perspectiva, testou-se, no contexto bancário brasileiro, o modelo originalmente proposto por Rifon et al. (2004) e adaptado por Pérez e Rodríguez del Bosque (2013). Trata-se de um modelo causal para explicar como os consumidores em geral formam suas percepções sobre a RSC, incluindo três variáveis como condicionantes diretos da imagem da RSC das empresas: a congruência entidade-RSC, a atribuição de motivações corporativas e a credibilidade da entidade. Os resultados confirmam cinco das seis hipóteses testadas, sugerindo que há relação entre os construtos estudados. Confirmou-se a implicação da congruência RSC-organização nas variáveis moderadoras atribuição motivacional e credibilidade corporativa, bem como diretamente na percepção da RSC. A influência da atribuição motivacional na credibilidade corporativa foi confirmada, no entanto não foi confirmado seu efeito direto na percepção da RSC. Também se confirmou o efeito da credibilidade corporativa na percepção da RSC.
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