O conceito consumo colaborativo foi adaptado por Bootsman e Rogers (2011) representando o consumo consciente e inteligente através da internet. No setor de vestuário, relevante à economia brasileira, isso se aplica à venda, compra e troca de roupas usadas em sites de empresas ou redes sociais. Este trabalho tem como objetivo compreender as motivações para o consumo colaborativo de vestuário nestas plataformas, bem como aspectos inerentes ao comportamento e envolvimento do público. Até onde se sabe, não há estudos no assunto. A pesquisa foi realizada por meio de onze entrevistas em profundidade com consumidores colaborativos de vestuário e informantes chave e da observação participante. Como resultado, a recompensa financeira se mostrou o propulsor e inibidor do fenômeno. Motivadores hedônicos ligados à ampliação do ciclo de vida dos produtos, consciência ambiental e interação social parecem menos influentes e há envolvimento dos participantes com o movimento, pois o acesso às plataformas é, no mínimo, diário. Identificou-se a preferência por grupos de redes sociais para a realização das transações e a priorização, na escolha da plataforma, de características como a praticidade.
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