Este trabalho tem por objetivo evidenciar a gravidade da questão hídrica mencionada no documento final da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (RIO+20). Esta pesquisa é de natureza empírica e exploratória. e, para este fim, adaptou-se o método contábil proposto por Kassai et al (2012), como segue: o ativo ambiental hídrico (AAH) é apurado com base no produto interno bruto da região ajustado pela depreciação hídrica calculada com base no consumo médio de água recomendado pela ONU; o patrimônio líquido ambiental hídrico (PLAH) é apurado pelo saldo residual das reservas hídricas estimadas, diminuído do consumo estimado até 2050 e precificado pelo pagamento de serviço ambiental definido pela Lei Federal 9433/97; e o passivo ambiental hídrico (PAH) é apurado por equivalência contábil por meio da equação fundamental da contabilidade. Esta metodologia foi aplicada tendo como estudo de caso a região de Alagoinhas/BA, uma área privilegiada em seus recursos hídricos, e os resultados confirmaram o seu superávit ambiental hídrico equivalente a US$ 3,17 per capital de seu patrimônio líquido ambiental hídrico. Este estudo justifica-se pela importância de como as nações irão cuidar de seus recursos hídricos nas próximas décadas. Essa pesquisa permite evidenciar a situação superavitária da Bahia e do Brasil.
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